A transparência retoma na Semana de Moda em Paris apesar das polêmicas feministas. Sejam em seda, organza, tule ou fendas amplas, essas peças têm ganhado destaque. 

Durante os desfiles, vimos criações ousadas: a Prada mostrou um vestido que lembrava tecidos moles, enquanto a Givenchy escolheu camisas de cores vivas. A marca de Rabanne optou por calças de renda, enquanto o vestido sem costas de Saint Sernin não deixou espaço para ambiguidades.

Essa transparência se junta a outras tendências de temporadas anteriores, incluindo a roupa íntima masculina. A marca indie espanhola Paloma Wool transforma roupas íntimas em macacões ou shorts de malha, que lembram uniformes de basquete.

“Tenho a liberdade de usar materiais e mostrar o meu corpo, mas de uma forma sedutora e sofisticada”, explica o designer catalão. Desta vez, descobrimos muito sobre seda e tecelagem.”

No museu Yves Saint Laurent de Paris, a exposição intitulada “Transparência, o poder dos materiais” coincide com a Fashion Week. O atual diretor artístico da YSL, Anthony Vaccarello, apresentou uma coleção inteiramente inspirada neste tema, com tule de seda, semelhante ao material utilizado nas meias, criando um efeito provocativo e polêmico.

A editora de moda do New York Times, Vanessa Friedman, fez um comentário humorístico: “Muitas pessoas rudes”. Ele disse que “apenas 12 das 48 pessoas que pareciam bem” não estavam com os mamilos expostos, e enfatizou que as fotos do programa não cabiam em seu “diário de família”.

Vale lembrar que, em 1968, a primeira blusa de seda transparente da YSL já havia rendido críticas da América puritana. A biógrafa de Yves Saint Laurent, Laurence Benaïm, foi encarregada de uma exposição sobre o tema no Centro Pompidou de Paris.

E quem não se lembra do icônico vestido transparente de Jennifer Lopez nos Prêmios Grammy no ano 2000, que enlouqueceu os internautas? A moda sempre nos surpreende com suas ousadias e reinvenções! Conheça as coleções da Loja Teodoro!